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sábado, 27 de junho de 2009

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sexta-feira, 26 de junho de 2009

Um Pouco de Literatura Gótica

Mesmo sendo caracterizada por valores individuais, a Cultura Gótica abriga diversas manifestações artísticas comuns a outras culturas. A Literatura é uma das expressões mais utilizadas. É através da composição poética, por exemplo, que se confrontam os temores e se revelam os mais profundos sentimentos e desejos da alma. É, também na literatura, que se encontra uma definição estética e ideológica sobre os vários aspectos que compõem a cultura Gótica.
Mais precisamente, podemos citar o Romantismo como a principal referên- cia da Cultura Gótica. Surgido no final do século XVIII, como uma reação aos ideais Iluministas, o Romantismo traz como principais características a poten- cialização das emoções. Além do individualismo e subjetivismo desenvolvidos a partir da liberdade criativa. O Romantismo Literário, que evocava a Idade Média sob uma perspectiva idealizada e positivista em seus temas, é uma das bases da Literatura, quando relacionada à Cultura Gótica.
Já o autor inglês Horace Walpole abordou a Idade Média diferentemente da "idealização medieval positivista" de outros românticos. O fez sob uma perspectiva soturna, com ambientações em castelos e ruínas que atribuíam um clima de mistério e terror sobrenatural. Sua obra, O Castelo de Otranto, de 1764, é considerada a precursora do que viria a ser classificado como Gothic Novel. No Brasil, conhecido como Romance Gótico ou Literatura Gótica. Neste caso, o termo "Gothic" é aplicado como sinônimo de obscuro ou medieval.
No Brasil, o Romantismo iniciou-se "oficialmente" em 1836, com a obra de Gonçalves de Magalhães, Suspiros poéticos e saudades. Dentre as três gerações românticas brasileiras, o Ultra-romantismo é que tem maior expressividade na Cultura Gótica.
Influenciado diretamente pela Gothic Novel, o ultra-romantismo teve como principais características a evasão, tédio, morbidez, subjetivismo, saudosismo, predileção pelo noturno e a forma e composição livre dos versos. O escritor paulista Álvares de Azevedo, ávido leitor de Byron, surgiu como poeta e contista no ano de 1848 e é considerado um dos maiores autores ultra-românticos do país. Além dele, outros nomes como Casimiro de Abreu, Bernardo Guimarães, Junqueira Freire, entre outros, destacam-se como grandes expoentes do ultra-romantismo, que também ficou conhecido pejorativamente, como mal-do-século.
Autores como Ann Radcliffe, Allan Poe, Lord Byron, Lovecraft, Baudelaire e Álvares de Azevedo são amplamente consumidos entre os apreciadores da Cultura Gótica. Assim, mesmo havendo um conceito de que, geralmente, a Literatura Gótica é baseada na prosa, enquanto o ultra-romantismo está fundamentado na poesia, a cultura Gótica é suficientemente ampla para abrigar ambos estilos de composição, e ainda absorver outros gêneros que possam refletir sua alma e personalidade.

† Primeiro saiba de onde veio o termo "Gótico"

Em princípio, "gótico" é um adjetivo que se refere a tribo dos Godos, povo de cultura germânica que habitava a região do baixo Danúbio, localizados na parte leste (Ostrogodos) e na parte oeste (Visigodos). Sabe-se muito pouco a respeito desse povo, já que eles não escreviam, e o que chegou até nós foi por intermédio do bispo Ulfilas, que registrou sua língua e costumes enquanto ensinava-lhes a Bíblia. Atribui-se a esse povo participação no desmantelamento do Império Romano no século IV. Através de sucessivos ataques pelo norte, os Godos ajudaram a enfraquecer o poder central em Roma.
Posteriormente, os Godos invadiram grande parte do império romano e se tornaram rapidamente romanizados. Os Visigodos se espalharam pela Europa, no século V, e chegaram até a península ibérica. Sua presença poderia ser notada em palavras como Catalunha, de Gothalania (não comprovado), Fernando , de Frithernandus (não comprovado) e albergue, de Haribergo. Sendo um povo nômade e de pouco registo cultural os traços sua presença já haviam sido diluídos pela cultura romana no século VII. A presença gótica em Portugal é tratada num contexto histórico e ficcional pelo escritor Alexandre Herculano em
Eurico, o Presbítero (1844).
No século XII, o monge Suger surge com uma inovação arquitetônica que promete acabar com as igrejas escuras. A
igreja de Saint Denis é a primeira a utilizar a substituição das paredes por vitrais coloridos, avanços estes obtidos através de arcobotantes, cruzarias e contrafortes como opções de sustentação. O crítico de arte Vasari batizou esse novo estilo de gótico ou estilo ogival, cujo arco quebrado seria símbolo de mão postas ao céu em oração.